Durante a pré história os dinossauros eram as maiores e mais poderosas criaturas que habitavam o planeta terra. Haviam diversos tipos de espécies diferentes, herbívoros, carnívoros e ancestrais de animais que conhecemos hoje. Mas como todos sabem os dinossauros tiveram seu derradeiro fim com uma suposta imensa chuva de meteoros que acabou por dizimar aquelas gigantescas criaturas, ou pior foram extintas para sempre. E o que diabos, os hatchs médios como o Volkswagen Golf, por exemplo, tem a ver com os dinossauros?Apenas uma coisa em comum: A extinção. Não, ele não vai morrer como os dinossauros de forma cruel sendo esmagado por pedras vindas do espaço, mas deixará de ser como estamos acostumados.
O Mercado de hatchbacks médios está sofrendo um extinção, ou melhor, quase uma chuva de meteoros, causada pela febre dos SUVs. E o mesmo está ocorrendo com os modelos nós entusiastas mais gostamos, como o Golf e o Focus. No caso do Volkswagen, ele deixou recentemente de ser oferecido nas versões comuns, equipadas com os motores 1.0 e 1.4 TSI. Agora ele está disponível apenas na versão esportiva GTi, equipada com o eficiente e fantástico motor 2.0 TSI (EA888) de 230cv e 35,5 kgfm de torque.
Os hatchs médios diferentes dos dinossauros não ficaram obsoletos e nem significam chatice, mas infelizmente começaram a perder apelo. Tudo começou com o preço. Sim, eles ficaram caros demais. Já os infelizes dinossauros não sabiam que a mãe natureza preparava a eles uma trágica e fatal surpresa.
O segundo elemento desfavorável aos hatchs médios, foi uma tendência inciada nos anos 2000 de modelos com apelo visual aventureiro, o que acabou puxando junto com si a onda dos SUVs. Os hatchs foram perdendo mercado pouco a pouco, até que as extinções começaram. O primeiro foi o Fiat Bravo, que deu lugar ao Argo, fisicamente menor e que concorre com modelos como o Volkswagen Polo e Toyota Yaris. Depois foi a vez do Hyundai I30, sucesso de vendas em meados de 2010 - 2012, mas que perdeu a graça do público. A terceira vítima foi o Ford Focus. Sucessor do icônico Escort, era um carro elogiado por sua dinâmica, mas que demorou a se alinhar com o modelo europeu, chegando sempre atrasado ao Brasil, e só foi novidade de fato na primeira geração.
A terceira geração sofreu com o mal sucedido câmbio automatizado de dupla embreagem Powershift, que não deu muitas alegrias aos consumidores e nem a Ford, dá para fazer um post só sobre ele. A Ford já bateu o martelo e não vamos ter um novo focus nem mesmo na versão sedan. Em maio ele deve ser definitivamente descontinuado na América do Sul e se despedir das linhas de produção argentina, que deve produzir algum SUV da marca.
A mais recente vitima ainda que em partes, como já contei acima foi o Golf. Rumos apontam a vinda da versão híbrida GTE para o Brasil, o que é algo questionável já que poderia ter vindo antes e a próxima geração está praticamente pronta para apresentação mundial, que ao que tudo indica ainda ocorrerá em 2019.
Todos esses carros já foram sinônimos de status e jovialidade, algo que os SUVs hoje transmitem a maioria dos concorrentes. Os SUVs já vendem mais do que modelos consagrados e queridinhos da classe média como o nipônicos Toyota Corolla e Honda Civic.
Modelos como o Ford Ecosport, Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade, Chevrolet Tracker e o recém lançado Volkswagen T-Cross, são algumas das opções de SUVs compactos disponíveis no mercado nacional. Basicamente eles são os meteoros que estão matando os hatchs médios. De forma prática, eles ocupam a mesma faixa de preço dos modelos médios, além de disponibilizarem um espaço interno parecido, inclusive na capacidade de porta-malas.
Ao que tudo indica, por enquanto o Chevrolet Cruze Sport6 será o único hatch médio sobrevivente, e até quando não sabemos, já que o modelo deve deixar de ser comercializado nos EUA , inclusive na versão sedan, o que coloca em risco sua vida por aqui.
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