A Bentley lançou na noite do dia 29 de agosto de 2017 a terceira geração do Continental GT, seu grand tourer de luxo. Todos foram pegos de surpresa, porem aconteceram mudanças bem acertadas em termos de visual, materiais de acabamento e recursos tecnológicos. Se você nunca teve o desejo de ter um Bentley, esse provavelmente fará isso!
A primeira geração do Continental GT, foi lançada em 2003, e desenhada por um brasileiro, o projetista Raul Pires.
CONTINENTAL 2003
Era um carro bonito e harmônico, com faróis nas proporções corretas, rodas não muito grandes e tamanho bem resolvido. Ao longo de treze anos de atualizações, (porém carros de ultra luxo, como os Bentley, Rolls-Royce e Maybach, têm um ciclo de vida mais longevo) incluindo um face-lift em 2011, deixaram o Continental GT mais bruto, com para-choques de supercarro, rodas que pareciam ter 35 polegadas de diâmetro e faróis com proporções esquisitas. Era um carro que havia perdido sua harmonia. Ficou tipo aqueles face lifts que estragam o carro que era simplesmente uma obra de arte.
Ultimo Face-lift antes da nova geração, havia perdido um pouco da harmonia do modelo original
Renascimento, foi isso que os caras trouxeram ao carro nessa terceira geração, que lembra o belíssimo conceito EXP 10 Speed Six mostrado pela marca algum tempo atrás. Aquele cupê verde maravilhoso com um dos interiores mais belos já colocados em um carro. Ele foi a fonte de inspiração para o novo Continental GT. Requinte pra c@ralho!
EXP 10 speed six
Os traços do conceito estão por todo canto, os faróis, as lanternas, a silhueta e a linha de cintura deixam bem claro de onde vieram as linhas do Continental GT. A harmonia nas proporções está de volta, porém de acordo com a tendência estética atual.
EXP 10 speed six
As linhas do conceito não foram 100% trazidas para o carro de produção, mas a influência fica no formato dos faróis, que agora trazem uma diferença maior entre as unidades maiores e as menores, e das lanternas, que assumiram o formato de elipse que se repete nas saídas de escape. A Bentley deu atenção especial aos faróis e lanternas, que trazem em seu interior texturas de cristal trabalhado que refletem a luz como diamantes e dão um efeito tridimensional às peças quando acesas.
Interior do EXP 10 speed six
O carro recebeu modificações estruturais e elementos como o motor W12 foi deslocado para mais perto do centro do carro, o que melhorou a distribuição de peso e permitiu um capô mais alongado e um eixo dianteiro mais avançado, aumentando o entre-eixos e reduzindo o balanço dianteiro. As formas mais musculosas do Continental GT foram obtidas através do método Super Formed, que consiste em trabalhar com o alumínio a uma temperatura de 500°C e, de acordo com a Bentley, permite formas mais sofisticadas e resulta em uma chapa mais leve. A fabricante diz que o novo Continental GT foi o primeiro carro da marca a usar esta técnica em toda a lateral do veículo, anteriormente apenas os para-lamas eram feitos assim.
No interior também existem boas mudanças. Uma das críticas recorrentes ao Continental GT dizia respeito ao design do interior, que era conservador e datado, sem acompanhar o visual do lado de fora, parecia que havia vindo de um rolls royce dos anos 60. Agora isso foi mudou. Não é tão radical quanto o conceito EXP, mas o interior do Continental GT não decepciona nem um pouco. Pela primeira vez a Bentley oferece a opção de camadas de madeira duplas no interior do Continental GT, que teve o design totalmente reformulado. Agora, o painel é 100% digital, e a central multimídia com 12,3 polegadas e alta definição. Esta tela é dividida em três janelas, que podem mostrar as funções de preferência do motorista como, navegação por GPS, player de música e contatos telefônicos.
Esta tela não fica exposta o tempo todo. Ela faz parte do Rotating Display, recurso consiste em um prisma de três lados que gira para revelar a tela, três mostradores analógicos (um termômetro, uma bússola e um cronômetro) ou um painel de madeira para tornar tudo mais discreto.
O Interior foi extremamente bem cuidado, há detalhes como novos serrilhados nos botões de comando, em formato de almofada em vez de diamantes, tornam-nos mais macios ao toque.
Existem insertos de bronze presentes entre os comandos do painel, Os bancos são ajustáveis em nada menos que vinte posições diferentes e trazem um novo padrão de costura em diamantes duplos (“diamond-in-diamond”, segundo a Bentley), sendo que cada diamante é formado por exatamente 712 pontos de bordado alinhados milimetricamente. São três opções de sistemas de som disponíveis: o “básico”, com dez alto-falantes e 650 Watts; um Bang & Olufsen de 1.500 Watts e 16 alto-falantes, e um Naim de
18 alto-falantes e 2.200 Watts que traz oito modos de som e subwoofers passivos nos bancos. Há ainda o vidro laminado dianteiro usado no novo Continental GT ajuda a reduzir os ruídos externos em nove decibéis quando comparado ao modelo antigo.
O interior pode ser customizado com 15 diferentes tipos de carpete, oito madeiras diferentes e 15 revestimentos. No lado de fora há 17 cores diferentes no catálogo fixo. De qualquer forma, as opções de cor e acabamento disponíveis pelo programa de personalização Bentley Mulliner são virtualmente infinitas, incluindo claro, a possibilidade de criar uma cor sob medida para combinar com qualquer objeto no mundo todo.
A Bentley construiu o novo Continental GT sobre uma plataforma de alumínio desenvolvida em junto com a Porsche (ambas marcas pertencentes ao grupo Volkswagen), que divide parte de seu design e dos componentes com o Porsche Panamera. Mas, a Bentley garante que a plataforma é 82% inédita.
O carro é 85 kg mais leve que o anterior, tem um porta-malas maior e peso melhor distribuído. Com dois passageiros e bagagem (para a Bentley, a maneira típica como um grand tourer é ocupado), são 53% do peso na dianteira e 47% na traseira. Antes eram 56% na dianteira e 44% na traseira. São apenas só 3% de diferença, mas de acordo com a Bentley, é uma diferença importante. A fabricante trabalhou b bastante preocupada em garantir um comportamento dinâmico mais adaptável aos diferentes tipos de motorista. As barras estabilizadoras contam com um sistema de geometria variável que alteram a resistência à rolagem de acordo com o modo de direção escolhido, priorizando conforto ou comportamento dinâmico.
O motor continua a ser um 12 cilindros e escapou de virar um motor menor, sendo o W12 de seis litros com dois turbos usado pelo Continental GT anterior, agora com 635 cv e 91,8 mkgf de torque. O motor tem sistema de desativação dos cilindros e funciona com apenas metade deles quando em uso tranquilo, a fim de economizar combustível. Outra mudança foi o sistema de transmissão com caixa de dupla embreagem e oito marchas. O sistema de tração nas quatro rodas agora tem distribuição de torque continuamente variável e na maioria do tempo, a tração é totalmente traseira.
O Bentley continental GT assim como outros modelos de ultra luxo, pode ser considerado uma banheira de requinte! Algo para não ser despercebido aonde passa. É como diz uma famosa expressão” um tapa na cara da sociedade”, é aquele carro que pessoas como o Conde Chiquinho Scarpa, utilizam para um passeio e ostentar sua joia sobre rodas. Ou ainda para reis do camarote ostentarem sua fortuna pela noite de baladas. Mas deixando de lado as brincadeiras, é algo que desperta desejo, e representa o melhor que você pode comprar.
O carro será mostrado no salão do automóvel de Frankfurt na Alemanha, onde haverá outros grandes lançamentos de diversas marcas e que provavelmente vamos trazer uma edição especial sobre o salão.
Até a próxima!