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AS MOTOS QUE MARCARAM O MERCADO NACIONAL

Foto do escritor: Yan Bernardo de SouzaYan Bernardo de Souza


Fala galera tudo bem com vocês? Hoje não vamos falar sobre carros, nesse post nós vamos falar sobre motos. Motos que foram de alguma forma marcantes na história e no mercado brasileiro. Motos que foram populares, sonhos de consumo, que marcaram gerações. Ícones da paisagem nacional.

YAMAHA RD 50


Nossa lista não poderia deixar de começar sem ela, a primeira moto nacional. Mas não em 100% pois ao menos o carburador era importado, o restante dos componentes era fruto da mão de obra e de matéria prima brasileira. A escolha da Yamaha por uma 50 cc para estrear sua produção no país teve como objetivo oferecer um produto de baixo custo de aquisição e manutenção A escolha de um motor 2 tempos – estratégia da empresa à época – permitia pensar que a simplicidade mecânica de tais motores favoreceria a manutenção inclusive nos mais remotos lugares. A pequena moto era valente, com desempenho razoável e tecnologia moderna, mas a preferência do brasileiro foi pela da Honda CG 125, lançada dois anos depois e que dominou o mercado. A Yamaha ainda lançou versões mais fortes de sua pequena moto, a RD 75 (1976) e RX 80 (1979). HONDA CG 125


Em 1976 ninguém menos que o Rei Pelé foi chamado para ser o garoto propaganda da 1ª moto Honda fabricada no Brasil, mais exatamente em Manaus. A escolha de produzir no Amazonas deu à Honda a vantagem dos incentivos fiscais e também de ir nacionalizando a sua motocicleta aos poucos. As primeiras Honda CG que saíram da fábrica tinham diversos componentes importados mas nem por isso a motocicleta como um todo deixava de ser considerada brasileira. Exemplares desta 1ª CG, especialmente na cor laranja, são perseguidos e desejados e apesar de serem encontrados mais facilmente podem alcançar cifra equivalente a de uma Yamaha RD 50 original. HONDA CB 400 - CB 450


A primeira grande moto brasileira era, na verdade, toda "made in Japan". Especialmente a primeira versão de 1980, equipada com as rodas “Comstar” e motor 400, era apenas montada em Manaus. A nacionalização veio a reboque do sucesso e foi aumentando com o passar dos anos. A CB 400 chegou ao mercado em um momento particular, quando a importação de motocicletas, proibida deste o final de 1976, havia feito a sede de motos grande crescer desmesuradamente.


A solução “Manaus” deu alívio a tal escassez e fez da CB 400 um sucesso imediato. Quem quisesse uma moto encorpada e com presença tinha nela a única opção. Um ano depois surgiria uma versão mais luxuosa, batizada de CB 400 II. No final de 1984 veio a Honda CB 450, mais potente e que ficou uma década em produção em diversas versões: Custom, Sport, TR e a derradeira DX. A primeira CB 400 e a CB 400 II são as mais raras e desejadas, mas qualquer CB 400 ou 450 em bom estado acha comprador rapidinho. E quanto mais original, mas valiosa. Há exemplares pouco rodados e 100% originais ofertados por cerca de 20 mil reais. YAMAHA DT 180


Foi a trail que ensinou os brasileiros a fazerem trilha, e não só. Mostrou também o quanto são versáteis as motos fora-de-estrada, mesmo se jamais usadas na terra. A DT 180 L, a primeiríssima de 1981, é "mosca branca", não se acha, e se reconhece por uma característica única: tem a balança de suspensão traseira fabricada com tubo de seção circular e não retangular como as DT 180 sucessivas. Fabricadas até 1997, achar uma DT 180 original é complicado, e os preços variam: as mais recentes não custam mais de 5-7 mil reais, mas a primeirona, a dos tubos redondos, pode custar até 12-15 mil reais. E há ainda a MX 180, versão de cross. Quem tem uma dessa impecável, tem um tesouro! HONDA XL 250R


O “xiselão”! Na época sinônimo de robustez aliada a tecnologia. Esta motocicleta foi a rival da Yamaha DT 180 que, apesar das diferentes capacidades cúbicas de seus motores tinham desempenho equivalente, o que se explicava pelo fato da Yamaha ser mais leve e ter motor ciclo 2 tempos (mais nervosinho) e a Honda, mais pesada, mais cavalos em seu motor 4 tempos. Durante os anos 1980 a popularidade da prática do Enduro transformou o antagonismo entre donos de XL e DT em uma espécie de Fla-Flu sobre duas rodas. Não é tão difícil assim achar uma XL 250R, fabricada de 1982 a 1984, e substituída pela XLX 250R. O valor pode chegar até os 15 mil reais.

YAMAHA RD 350 LC


Na esteira da lendária RD 350 dos anos 1970, apelidada de "viúva negra", a Yamaha introduziu no Brasil a versão modernizada do modelo, a RD 350 LC, onde as letras finais estavam para “liquid cooled” ou seja, refrigeração líquida. Mais tecnológica porém não menos brutal e esportiva, a RD 350 era naquela época o mais fiel paradigma da moto esportiva e foi protagonista de uma longa e curiosa espera pelo modelo, pois a Yamaha anunciou a produção da RD 350 LC em 1984 mas a efetivou apenas em 1986… Encontrar uma dessas “LC” de primeira safra não é impossível, mas exige garimpar direito.

Honda CBX 750


A CBX 750F (também chamada de 7 Galo) é uma motocicleta esportiva, fabricada pela Honda e comercializada no Brasil entre 1986 e 1994. Esta moto recebeu diversos codinomes ao longo de sua vida de fabricação, muitos dos quais originários de suas cores disponíveis.

O curioso apelido que é atribuído à motocicleta vem do jogo do Bicho. Nos EUA a motocicleta era chamada de Seven-Fifty (sete-cinquenta). Quando chegou ao Brasil o número 7 permaneceu, e o número 50 foi substituído pelo Galo, que tem essa numeração no jogo.

Em sua produção foram usadas 12 cores que definiram vários codinomes, todos eles relacionados à linha Four. A partir de 1990, por não passar por alteração visual e por já contar com um codinome adotado pela fábrica, ficou conhecida somente como Indy.

  • 1986: Galo 86 (galo oito-meia), Galo Japonesa, Black (importação oficial) e Red (importação independente);

  • 1987: Hollywood;

  • 1988: Magia Negra e Rothmans (série especial);

  • 1989: Grená e Canadense (série especial);

  • 1990: Neón;

  • 1990–94: Indy

  • 1995–2001: Formula1

Yamaha Ténéré


Em 1979 o modelo XT500S da Yamaha levou o piloto Neveu ao título do maior rally do mundo, o Paris-Dakar. Quatro anos depois do troféu a marca japonesa lançou a Ténéré, derivada do modelo consagrado no deserto. A moto é uma das mais conhecidas da Yamaha, sendo produzida e vendida até os dias atuais. A linha é composta por três modelos: XTZ 250, XT 660Z e XT 1200Z.

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