SUPER CARRO TEM NOVA VERSÃO APRESENTADA EM GENEBRA.
Vamos começar nossa cobertura das novidades do salão de Genebra pelo superlativo e sempre desconcertante Bugatti Chiron, em uma nova versão chamada de SPORT. Vale lembrar que o Chiron foi apresentado em Genebra há exatos dois anos, mas o caso é que o Bugatti Chiron Sport tem exatamente os mesmos números de desempenho da versão “comum”.
São oito litros, dezesseis cilindros, quatro turbos, 1.500 cv a 6.700 rpm e monstruosos e foderosos 163,15 mkgf de torque a 2.000 rpm, câmbio de dupla embreagem e sete marchas. Dados do fabricante, zero a 100 km/h em 2,4 segundos, zero a 200 km/h em 6,5 segundos, zero a 300 km/h em 13,6 segundos. O zero a 400 km/h foi aferido em 32,6 segundos, e o Chiron levou 9,4 segundos para desacelerar até o zero novamente. A velocidade máxima é limitada a 420 km/h “por questões de segurança”, mas a velocidade máxima sem o limitador é estimada em 463 km/h. Já parou para imaginar 463km/h em um carro??
O Bugatti Chiron Sport tem exatamente estes mesmos números, pois o carro não passou por nenhuma modificação mecânica no motor. Na verdade, as mudanças são dedicadas a alguns ajustes de suspensão, reforços para tornar o chassi mais rígido, novos controles eletrônicos e alguns quilos a menos graças à aplicação de mais fibra de carbono. Sim eu sei você vai dizer que o Chiron já utiliza quantidades grandes de fibra de carbono em sua construção, mas até mesmo o monocoque é feito com o material, assim como os painéis da carroceria e boa parte do acabamento do interior.
No Bugatti Chiron Sport, porém, a fibra de carbono vai além do que você imaginou até agora. Nos limpadores de para-brisas, cujos braços são feitos com o material. É isso mesmo que acabou de ler. Braços de limpadores de para-brisas em fibra de carbono! De acordo com a Bugatti, os braços dispensam as articulações usadas nas peças comuns, e também dá a eles uma melhor aerodinâmica. As palhetas, têm suportes de alumínio impresso em 3D, que também reduzem o peso final dos elementos. A Bugatti diz que, no total, os limpadores de para-brisa do Chiron Sport são 1,4 kg (ou 77%) mais leves do que as encontradas no Chiron “normal”. A barra estabilizadora também é feita de fibra de carbono, enquanto as novas saídas de escapamento empregam a mesma técnica de impressão 3D em alumínio usada nos limpadores de para-brisa. No mínimo exclusivo!
As novas rodas, foram chamadas de “Course”, também contribuem para a redução de peso, assim como a adoção de um vidro mais fino na janela traseira e de um defletor mais leve no sistema de escape. O resultado de todo esse emagrecimento é pequeno: 18 kg a menos… ou menos de de 1% dos 1.996 kg que o Chiron normal pesa em ordem de marcha.
Se você transformar em números a redução de peso não impressiona tanto assim e a principio não causam grande impressão. Os ajustes na suspensão e as modificações na eletrônica do carro são mais significativas. A suspensão ficou mais firme – segundo a Bugatti, a rigidez dos amortecedores aumentou em cerca de 10%. A direção também foi recalibrada para, de acordo com a fabricante, ficar mais rápida sem sacrificar a responsividade e a comunicatividade na hora de esterçar. Esta mudança só é efetiva no modo Handling do Chiron Sport – nos outros modos, a calibragem permanece igual à do Chiron comum. Por outro lado, o diferencial do eixo traseiro foi recalibrado e conta com um sistema de vetorização de torque eletrônico (que não é atuado pelos freios) que distribui individualmente a força do motor para as rodas, melhorando a agilidade nas curvas. A Bugatti diz que esta mudança se aplica a todos os modos de condução.
A exclusividade no carro levado a Genebra está na cor da carroceria, e tem fibra de carbono exposta na porção traseira e vermelho Italian Red na porção dianteira. Esta também pode ser em azul “French Racing Blue”, prata “Gris Rafale” e cinza “Gun Powder”. A linha em formato de “C” nas laterais do Chiron recebeu um friso de alumínio e é pintada na mesma cor da porção central, na qual também são pintadas as pastilhas de freio e alguns os emblemas do carro. Por fim, há um enorme número 16 pintado na grade dianteira, uma referência ao motor W16.
O interior é totalmente preto, e opcionalmente pode contar com fibra de carbono à mostra no painel de instrumentos e nas demais superfícies rígidas que compõem o interior. Também pode-se optar por detalhes na mesma cor da parte frontal da carroceria.
Segundo a Bugatti, o Chiron Sport é cerca de cinco segundos mais rápido que o modelo comum no circuito de testes de Nardò (que pertence à Volkswagen). A fabricante também diz que a etiqueta de € 2,98 milhões (cerca de R$ 11,9 milhões em conversão direta) provavelmente fazem do Bugatti Chiron Sport o carro mais caro em exposição no Salão de Genebra.
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