Provavelmente você assistiu ao primeiro filme do Velozes e Furiosos no começo dos anos 2000, e ficou sonhando com aquele Mitsubishi Eclipse verde limão de Brian O'Conner. O Eclipse faz parte de uma geração de carros esportivos que marcaram os anos 90. Chegou por aqui logo após a reabertura das importações. No Brasil o modelo virou o queridinho dos jogadores de futebol na época, era simbolo de esportividade e luxo no ainda recente reaberto mercado de importados no país.
O Eclipse foi produzido em 4 gerações nas quais todas foram comercializadas no mercado nacional, tanto por importações oficiais e independentes , mas infelizmente foi descontinuado em 2011.
Mas para nossa surpresa ele está de volta, mas não como nós conhecíamos. Mas como assim? Bem, o Eclipse era um coupé esportivo 2+2 certo? Certo. Era. O Eclipse virou um SUV!
Nem o coupé sensual e esportivo mais icônico dos anos 90 sobreviveu ao ataque implacável dos SUVs nesse planeta.
Mas nem tudo é tão ruim quanto parece. O visual é bem controverso. A dianteira tem um visual bem esportivo e agrada bastante. Já a traseira...bem acho que não terá muitos fans. É bem esquisita, talvez por não ter um desenho comum ou equilibrado como outros Suvs do mercado.
A Mitsubishi vai apresenta-lo no Brasil de forma oficial amanhã, mas não poderíamos deixar de compartilhar algumas informações sobre o modelo, que acredito que causará uma certa confusão na mente das pessoas de início, por causa do nome, mas que deve ganhar alguma relevância no segmento.
Vou direto ao ponto, o preço. Vai ser vendido em duas versões, sendo que a mais barata custará R$149.990 e mais cara R$155.990. É caro? talvez seja, mais explico isso mais adiante.
Com esse preço o modelo ficaria entre o ASX, SUV mais barato da marca e o Outlander. A marca espera concorrer como Jeep Compass, Hyundai New Tucson, mas também quer brigar com modelos premium de acesso, como Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA.
Na mecânica temos uma novidade, o modelo vai utilizar um motor 1.5 16v turbo de 165 cv e 25,5 kgfm de torque e o câmbio será um CVT de 8 marchas e a versão mais cara terá sistema de tração integral. Não é um conjunto voltado a esportividade, mas pelos números o desempenho será interessante.
De série o pacote de equipamentos se mostra positivo: Vem de série com ar-condicionado automático de duas zonas, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), direção elétrica, faróis full-LED, bancos elétricos dianteiros com aquecimento, controle de cruzeiro adaptativo, head-up display colorido, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, partida por botão, dois tetos solares, rodas de liga leve 18” diamantadas, alerta de saída de faixa, frenagem autônoma de emergência, Isofix, volante multifuncional em couro, retrovisores elétricos, sensor crepuscular e central multimídia com tela de 7” com GPS e conexão Android Auto e Apple CarPlay. A única adição da versão topo de linha HPE-S AWD é o sistema de tração integral S-AWC.
O Porta-malas tem 473 litros e o entre eixos de 2,67 m faz com que tenha espaço de um SUV médio. O interior não traz linha muito esportivas, na verdade é bem comum aos modelos da marca, simples e bem funcional.
Mas será que o Eclipse vai cair no gosto do mercado nacional? Sinceramente ainda não sei responder essa pergunta, mas acredito que vá ajudar a melhorar as vendas da marca.