30 ANOS DO GOL GTI.
- Yan Bernardo de Souza
- 18 de nov. de 2018
- 3 min de leitura

Os Anos 80 e 90 foram marcados por revoluções na indústria automotiva. Os hot hatchs (ou hatchs esportivos se você preferir) eram uma febre e a disputa entre os modelos era acirrada. Durante a década de 1980 modelos como o Ford Escort XR3,Volkswagen Gol GT , Fiat uno 1.5 R e Chevrolet Monza SR, piraram a cabeça dos jovens e dos apaixonados por carros.

Esses modelos representavam o que havia de melhor na indústria nacional até então. Eram pequenos, velozes e caros (e quando digo caro, eram caros para caramba). No final da daquela década praticamente todas as marcas nacionais já haviam atualizado seus esportivos, o Escort XR3 já utilizava a mecânica Volkswagen (fruto da Autolatina, união ente Ford e Volks), o Uno 1.5 R se transformava em 1.6 R e o Monza SR dava lugar ao Kadett GSI. O Gol tinha o visual repaginado com o face-lift, e se tornava GTS.

Mas a Volkswagen precisava de algo mais exclusivo, esportivo e potente, mas que acima de tudo representasse tudo o que ela possui-a de melhor a oferecer. O topo da cadeia esportiva na época.

E assim durante o salão do automóvel de São Paulo em 1988, a Volkswagen surpreendeu a todos e mostrou a que foi considerada a maior atração do evento, o Gol GTI. Mas não era apenas um Gol com roupagem esportiva, era o primeiro carro nacional equipado com o sistema de injeção eletrônica.

Era totalmente diferente dos outros modelos da linha GT até então. Quebrando a tradição, foi mostrado na exclusiva cor Azul Mônaco perolizado, a única disponível para o modelo, tinha os para-choques e saias laterais pintadas de prata, e no lugar do tradicional filete vermelho, havia um azul. Por fora ainda haviam os faróis auxiliares e as famosas rodas pingo, lanternas fumê, extensor de placa, dupla saída de escapamento, retrovisores pintados na cor da carroceria e a exclusiva antena no teto. Inicialmente, em razão da lei de informática da época (reserva de mercado), a marca limitou a produção do modelo a 2000 unidades anuais, sendo sua chegada oficial ao mercado em janeiro de 1989.

Na mecânica o modelo trazia uma enorme revolução. Abandonava o sistema de alimentação por carburador e trazia a inédita injeção eletrônica Bosch LE-jetronic, multiponto e que ajudou o modelo a desenvolver 120 cv . O motor era basicamente o AP 2.0 8v que já equipava o Santana, mas com mudanças pontuais para que o sistema de injeção fosse instalado. Cada cilindro tinha uma válvula injetora e havia duas bombas elétricas de combustível. O controle era analógico, somente a ignição era controlada por computador para definir o momento exato da centelha. A taxa de compressão era de 10,0:1.

O Interior trazia os já conhecidos bancos Recaro, que na época equipavam o Gol GTS e grande parte de seus concorrentes. Havia também o volante 4 bolas, ar-condicionado, sistema de som, painel de instrumentos com iluminação em vermelha e o famosos painel satélite.

E porque resolvi contar um breve resumo sobre o GTI? Nessa ultima edição do salão do automóvel, o GTI completou 30 anos de lançamento. E para comemorar esse fato a Volkswagen do Brasil, levou até o evento uma unidade do modelo, que ficou exposta no estande da marca durante alguns dias. O modelo pertence a um colecionador, que disponibilizou o modelo a montadora. A unidade foi completamente restaurada pelo Studio By Deni, especialista em modelos da marca.

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