MODELO GANHA EQUIPAMENTOS E CAMBIO AUTOMÁTICO PARA TOMAR O LUGAR DO FIESTA.
O novo Ford ká foi lançado em 2014, e de lá pra cá tornou-se um dos principais players do mercado de carros compactos nacionais. Com a missão de substituir de uma só o antigo Fiesta Rocan e a geração anterior do próprio Ká, o modelo acabou por ganhar também uma versão sedan, inicialmente batizado de Ká+, mais adiante aos moldes do antigo Fiesta ganhou uma versão mais aventureira batizada de Trail (agora substituída pela nova versão Freestyle) .
Bom, isso tudo ocorreu há 4 anos atrás, e o New Fiesta era a menina dos olhos da Ford do Brasil, era um carro novo e se mostrava superior a muitos concorrentes no mercado. Mas entramos em 2017, chegam novos concorrentes, como Fiat Argo, Volkswagen Polo, e o Ká começa a produzir resultados melhores que o New Fiesta, que a essa altura já não era tão New assim (new do ingles novo). O golpe final foi a apresentação da nova geração do Fiesta na Europa, que utiliza a mesma plataforma, mas que evolui em todos os sentidos e apresentava um design novo. A Divisão brasileira, crente na atual geração decide seguir o inverso da matriz europeia e reestiliza o fiesta atual mais uma vez, não apresentando a nova geração por aqui, e o modelo que já não estava bem no mercado, cai mais ainda de vendas.
Mas ai vem um novo fato. O Ká, aquele mesmo que citamos no início, é reestilizado na Europa, e a Ford anuncia que a versão aventureira apresentada junto com a nova frente viria ao Brasil, essa que iremos falar hoje. O face-lift das demais versões deve chegar em breve...
Pois bem, esse Ká aventureiro em questão é a Versão Activ (apenas no mercado europeu), que para nosso mercado foi batizada de Freestyle, nome já utlizado na linha ecosport.
O Ká Freestyle, é basicamente uma resposta ao Chevrolet Onix Activ (Versão aventureira do Onix), mas que acaba se mostrando mais que isso. O Visual já e do modelo novo, com os novos farois, para choques, grade dianteira e mudanças no interior.
Mas esse novo Ká Freestyle, praticamente anula a compra de um New Fiesta, e vou te provar o porque! Primeiramente o modelo vem equipado com um novo cambio automático, conhecido como MX65, com 6 marchas o mesmo do novo Ecosport, e que está longe dos já conhecidos problemas do cambio automatizado de dupla embreagem e 7 marchas do Fiesta, o Powershift.
Segundo ponto o modelo traz também como na Eco, o novo motor 1.5 Ti-VCT de trés cilindros, que entrega 136cv no etanol e 128cv na gasolina, 16,1/15,6 kgfm de torque (etanol/gasolina), números superiores ao Sigma 1.6 do Fiesta, e mais ainda se comparados ao 1.5 de 4 cilindros atual do Ká.
Entre os destaques do novo motor, além do cilindro a menos, estão o duplo comando variável (admissão e escape), tuchos hidráulicos com balancins roletados (como no antigo Zetec Rocam), coletor de escape integrado ao cabeçote, bomba de óleo de dois estágios (para altas e baixas rotações) e sistema de partida a frio por aquecimento do combustível, sem o tanquinho extra de gasolina.
Ainda na questão mecânica, a Ford diz ter trabalhado na suspensão, direção e acústica do Ká. Freestyle, houve melhora no isolamento de ruídos do motor e caixas de roda. A suspensão foi elevada para188 mm de altura livre do solo, além de receber uma nova calibração de molas e amortecedores para ter mais suavidade em pisos ruins. E para não afetar a estabilidade, as bitolas ficaram 30 mm mais largas, a barra estabilizadora dianteira ficou maior (23 mm de diâmetro) e o eixo traseiro foi enrijecido em 30%, reduzindo a rolagem da carroceria.
As rodas são aro 15" (com design exclusivo), a direção elétrica foi recalibrada para ganhar firmeza em altas velocidades e curvas. Por fim, o controle de estabilidade passou a atuar não somente quando há perda de aderência nas rodas, mas também ao detectar uma aceleração lateral elevada, ou seja, inclinação acentuada numa curva.
Assim como o exterior, a reforma do interior não foi muito extensa. Nada mudou no desenho do painel, quadro de instrumentos e laterais de porta, exceto pela parte central que agora apresenta a multimídia Sync 3. Com tela sensível ao toque de 6,5", o sistema fica em posição elevada e "flutuante", com fácil acesso. Possui comandos por voz, câmera de ré e conexões Android Auto e Apple CarPlay, além de duas entradas USB no console central, à frente do câmbio. Nesta versão FreeStyle, a parte superior do painel em tonalidade marrom, algo talvez questionável e os bancos são revestidos de couro e tecido, com detalhes também em marrom (mesmo a Ford dizendo que é um "laranja queimado").
A estrutura lateral da carroceria, de modo a apagar a nota zero no teste de impacto do Latin NCap recebeu reforços. Foram aplicados reforços adicionais nas colunas B e no teto, além de aços de alta resistência nos pilares e reforços do assoalho, enquanto as peças tiveram a espessura aumentada em 1,2 mm. Também passam a fazer parte do pacote do Ka os airbags laterais e de cortina (6 bolsas no total), como item de série nas versões FreeStyle (só esperamos que não faça como a EcoSport, que foi lançado com 6 airbags e depois os perdeu no ano seguinte).
Falamos de tudo isso mais e o preço? Bom preço dessa nova versão parte de R$ 63.490 com câmbio manual e de R$ 67.990 com automático, praticamente o mesmo valor do Onix equipado como ovelho 1.4 SPE, e abaixo do HB20X,.
E sobre o Fiesta? Essa versão basicamente tira ocupa a mesma faixa de preços do Fiesta com motor 1.6, sobrando espaço apenas para as caras versões equipadas com o motor 1.0 Ecoboost, assim praticamente matando o Fiesta. A Ford não comenta a possibilidade de descontinuar versões do Fiesta, o que de fato ao menos não deve ocorre. Não estou dizendo que o Fiesta é um carro ruim, mas que se comparado como Ká atualizado perde em alguns sentidos... em breve devo fazer uma matéria sobre esse conflito entre Ká e Fiesta na linha Ford, já fizemos sobre o Gol e o Polo e o link estará abaixo.
CONFIRA: O VOLKSWAGEN GOL AINDA VALE A PENA?
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